São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo incluiu dívidas resultantes de acordos

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

O governador Divaldo Suruagy (PMDB) disse ontem que considerou como precatórios (dívidas judiciais) a perda de receita provocada por acordos judiciais feitos com usineiros, em 88 e 89. Por isso, segundo ele, relacionou as 32 usinas de açúcar no processo, porque elas deixaram de pagar impostos.
"Fizemos a análise de que não precisava ser necessariamente um precatório, mas sim todo tipo de perda de receita decorrente de decisão judicial. Fizemos porque São Paulo também teve a mesma interpretação."
Suruagy nega que tenha feito qualquer ato de má-fé. "Nós cumprimos um ritual. Tínhamos o direito de pedir. Tudo foi submetido ao Banco Central, que aprovou."
Suruagy afirmou que as únicas restrições feitas pelo BC depois de analisar o processo alagoano foram quanto à falta de tradição do Estado no mercado financeiro e baixa capacidade de resgatar os títulos após seus vencimentos. Ele colocou à disposição da CPI do Senado a quebra de seus sigilos bancário e fiscal,
Sobre os empréstimos do tipo ARO, que geraram a abertura de nova CPI da Assembléia alagoana (veja texto abaixo), o governador disse que "a explicação" pela cobrança das taxas de 3% e 4% tem que "ser dada pelos bancos, e não pelo Estado".
Falando dos empréstimos que o governo fez de usinas, disse que se tratavam de antecipações de receita para a construção de obras emergenciais.

Texto Anterior: CPI apura empréstimos feitos por Suruagy
Próximo Texto: BC liquida treze corretoras e dois bancos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.