São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Polícia apura ação da empresa

DA SUCURSAL DO RIO

O chefe da Polícia Civil, delegado Hélio Luz, disse que as primeiras investigações da chacina de Belford Roxo estão dirigidas para apurar uma suposta ação de seguranças de empresas de ônibus.
Segundo Luz, não é provável que os cinco jovens tenham sido vítimas de um grupo de extermínio ou que tivessem algum tipo de ligação anterior ao crime com os assassinos -como, por exemplo, alguma dívida não saldada, rivalidade, rixa entre turmas ou problemas relacionados a drogas.
A chacina, de acordo com o delegado, foi causada por provocações dos próprios rapazes, que teriam debochado dos criminosos.
"O pior é que esse tipo de crime acontece por causa de besteira mesmo. O sujeito passa, fala qualquer coisa e o outro cara o mata, por motivo fútil."
A ação violenta de seguranças de empresas de ônibus é conhecida no Rio de Janeiro, sobretudo nas zonas norte e oeste da capital, na Baixada Fluminense e em cidades da região metropolitana, como Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.
Os alvos preferenciais desses seguranças -geralmente policiais em folga ou aposentados- são passageiros que tentam viajar sem pagar e acabam sendo agredidos.
Em Itaboraí, seguranças da empresa Rio-Ita já foram acusados de, usando armas, impedir a ação, na cidade, de motoristas de peruas importadas, que fazem transporte clandestino de passageiros. A empresa nega oficialmente qualquer ligação com o problema.

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