São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997 |
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Suíço que trabalha em ONG em Natal leva 2 tiros durante assalto
PAULO FRANCISCO
Segundo os outros moradores da casa, um assaltante entrou na casa e Bourgeouis acordou. No escuro, ao ver o vulto, gritou assustado. O invasor disparou a esmo no escuro e acertou o rapaz, que foi socorrido pelos próprios colegas. Segundo a suíça Loyse Rauboud de Andrade, residente em Natal e participante do projeto SOS Sopapo, Bourgeouis está internado no hospital Walfredo Gurgel e passa bem, após ter se submetido a uma cirurgia. O assaltante ainda não foi identificado pela polícia. Loyse afirmou que deve ser um morador da favela que pensou que os ocupantes da casa, por serem estrangeiros, guardassem muito dinheiro em casa. "Eles vem para cá custeando suas próprias despesas. São jovens trabalhadores em seu país, que foram atraídos pelo fato de o projeto ser uma nova experiência de vida para eles", disse Loyse. Segundo ela, Bourgeouis é mecânico em sua cidade. Natural da região de língua francesa da Suíça, o rapaz deverá retornar a seu país logo que receber alta. Ele deve ficar internado cerca de dez dias. Bourgeouis chegou a Natal no início do mês, junto com outros três suíços. Como voluntário do projeto SOS Sopapo, está construindo em regime de mutirão cerca de 60 casas na favela. Em janeiro, outro grupo de 14 suíços já tinha chegado a Natal para participar como voluntário desse projeto, coordenado pelo padre Sabino Gentile. O padre italiano desenvolve programas de saúde, educação e habitação na favela, construída sobre dunas, a dois quilômetros do centro de Natal e a 600 metros do mar. Texto Anterior: Polícia apura ação da empresa Próximo Texto: Polícia apura tráfico de órgãos em hospital Índice |
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