São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Deficiente visual tem sala própria

ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma sala com equipamento especial para estudo e consulta para pessoas portadoras de deficiências visuais que atuem na área jurídica foi inaugurada na última quinta-feira no 1º Tribunal de Alçada Civil (1º TAC) de São Paulo.
O equipamento foi cedido em comodato (empréstimo a título gratuito) pelo grupo Silvio Santos.
É composto por um computador, um sintetizador de voz -a pessoa digita e ele diz a tecla que foi pressionada, além de ler arquivos gravados em disquetes-, uma impressora braile e um scanner, que transforma imagem em texto, arquiva e permite a posterior impressão em braile.
As pessoas portadoras de deficiências visuais interessadas em usar o novo serviço devem agendar dia e horário pelo telefone (011) 256-0233, ramal 2169.
"A idéia é formar uma biblioteca jurídica com livros em braile e disquetes. Vai melhorar a vida dos deficientes visuais", conta Thays Martinez, escrevente do 1º TAC que coordenará os trabalhos.
Thays conhece as dificuldades. Ela ficou cega aos 4 anos de idade. Hoje, além de escrevente do tribunal, ela é estudante do 4º ano da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
"A faculdade não tem estrutura para deficientes visuais. Eu conto com meus colegas. Eles gravam livros em fita para mim e fazemos grupos de estudo. Por isso, a iniciativa do tribunal assume uma importância maior. Mas deveria ser uma coisa comum", comenta.

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