São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997 |
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Mappin decide apostar na classe média
MARCIO AITH
A decisão é apenas uma das novidades que compõem a estratégia de atuação definida recentemente pela rede, informa Carlos Antonio Rocca, presidente do conselho de administração da Casa Anglo -companhia que detém o controle do Mappin. É a primeira entrevista de um executivo da companhia depois da compra de seu controle acionário pelo banqueiro e empresário Ricardo Mansur, cinco meses atrás. A estratégia do Mappin foi anunciada em janeiro em dois seminários com investidores institucionais. Nas duas ocasiões, o Mappin anunciou também ter zerado sua dívida com bancos e apresentou sua emissão de debêntures (títulos por meio dos quais empresas captam recursos no mercado). O Mappin quer conquistar a preferência da classe média, principalmente no setor de confecções, transformando as classes A e B em seu público-alvo. O setor de confecções é o único no qual o Mappin apresenta resultado insatisfatório. Rocca diz que as mudanças têm como parâmetro o sucesso recente na estratégia de grandes lojas de departamentos nos Estados Unidos. "Um dos grandes componentes da virada da Sears, por exemplo, foi o seu desempenho em confecções". A ênfase no setor de confecções implicará mudança na política de compras do Mappin, que buscará adquirir produtos adequados para as classes A e B. Segundo Rocca, um dos principais problemas detectados na rede é justamente a inadequação dos produtos vendidos hoje nas lojas de shopping. Essa inadequação consiste em se tentar vender para as classes A e B produtos típicos das classes C, D e E. A expansão do Mappin em shoppings não significa que a rede vá sair das ruas. Ela será feita juntamente com a abertura de pequenas e especializadas lojas de rua. Só que essas pequenas lojas serão preponderantemente gerenciadas por franqueados -uma de Mansur. Nos shoppings, a expansão se dará na forma de lojas com departamentos nitidamente especializados. O Mappin pretende inaugurar pelo menos três lojas em shoppings a cada ano. Rocca reconhece que grande parte da estratégia definida já havia sido aprovada em 1995. "Mas o mercado queria saber se o novo controlador ratificaria essas direções. Ele as ratificou, e adicionou ao plano as franquias." Texto Anterior: Órgão apura efeitos da premium Próximo Texto: Rede quer captar R$ 100 mi Índice |
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