São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997 |
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Zélia exibe sua 'Intimidade'
DA REPORTAGEM LOCAL Zélia Duncan volta a São Paulo mostrando sua "Intimidade" de forma diferente.É que o show que ela apresenta hoje e amanhã no Memorial da América Latina é diferente do que foi apresentado no final do ano passado na casa de espetáculos Tom Brasil. Para começar, a atriz Bete Coelho não assina a direção do espetáculo, que será feita pela própria Zélia. Essa troca de comando é motivada por questões técnicas e só ocorre no Memorial. A concepção criada por Bete Coelho será mantida durante o resto da turnê de lançamento do disco "Intimidade". "É um roteiro parecido, mas um pouco mais nu", diz Zélia. Os cenários também não vêm. Ficaram no Rio. Em compensação, o show terá algumas novidades a mais. Itamar Assumpção prometeu aparecer e dividir o palco com Zélia na sua "Vou Tirar Você do Dicionário". "Dei uma canja em um show dele há dois anos. Chegou a hora da retribuição. Vai ser uma honra", diz ela, que também aguarda a presença da cantora Ná Ozetti. O repertório terá novidade. Além de todas as músicas do disco novo e de hits como "Tempestade" e "Catedral", ela cantará parte de "A Cidade", de Chico Science, como uma homenagem ao cantor pernambucano, morto no início do mês. "A morte dele foi um engano do destino", afirma. Zélia também vai interpretar "Apanhei um Resfriado", um choro dos anos 30. "Descobri uma gravação adorável com arranjo do Radamés Gnatalli", diz ela, que assume o rótulo de pop, mas, até os 19 anos, só cantava MPB. "Sou chamada de pop, mas meu berço é a MPB." A inclusão da música no repertório também é uma auto-ironia com um antigo temor: a perda da voz. Zélia garante que superou o medo, mas toma seus cuidados. Não fuma e não bebe. "O resto eu faço", diz rindo. E, antes de entrar no palco, ela faz exercícios de fonoaudiologia como aquecimento. Afinal, como ela mesmo reconhece, cantar é a coisa que lhe dá mais prazer na vida. "A coisa que eu faço melhor na vida é cantar", afirma. Show: Intimidade Artista: Zélia Duncan Onde: Memorial da América Latina (av. Mario de Andrade, 664, Barra Funda, tel. 823-9721) Quando: hoje, às 19h30, e amanhã, às 18h30 Quanto: R$ 20 Texto Anterior: Desenho de cena domina "Salomé" de Possi Próximo Texto: Icatu e Lumière formam nova distribuidora Índice |
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