São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Políticos vêem saída para crise

DO ENVIADO ESPECIAL

Os políticos presentes ao encontro de Vitória acreditam haver saídas para a crise da esquerda. A Folha perguntou a eles se o plano de estabilização econômica havia comprometido a sobrevivência da esquerda no país. Suas respostas:
Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda (PSDB): "O Real destruiu a velha esquerda, que está morta. Isso ocoreu a partir do erro grave de ela não ter entendido a estabilidade econômica. Quem portou o discurso equivocado naquela época foi o Lula. Falava de manipulação do governo com fins eleitorais."
Roberto Freire, senador (PPS-PE): "Nem o desmonte do socialismo clássico pôs em risco a existência da esquerda. Estamos caminhando, até o momento, muito desencontradamente. O real ajudou para que houvesse uma perplexidade na esquerda."
Cristovam Buarque, governador do DF (PT): "A esquerda estava estagnada era durante a inflação. Pensava que crescia. Mas só crescia no número de deputados. Outra coisa é crescer dizendo o novo. A estabilidade trouxe uma crise que é boa para a esquerda."
Célio de Castro, prefeito de Belo Horizonte (PSB): "Não acredito em extinção. O caminho político seria configurar-se uma esquerda realmente como oposição. As críticas ao plano econômico precisam ser mais consistentes, despindo-se de fantasias e de fatalismos."
Matheus Schimtd, líder do PDT na Câmara: "Acho que a esquerda, consciente das dificuldades políticas, está começando a viver um processo de unidade que vai levar a uma união mais sólida."

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