São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997 |
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Organização tem funcionado
LUIS HENRIQUE AMARAL
Nos primeiros cinco dias de caminhada, não faltou comida nem água, doentes ou machucados estão recebendo tratamento adequado e sobra espaço para dormir. No topo da organização está a "coordenação", formada por oito pessoas eleitas nas representações estaduais. À noite, se reúne, discute "erros e acertos" do dia e planeja o seguinte. A parte operacional fica a cargo de sete comissões. Cada Estado tem de ceder duas pessoas para a comissão de alimentação, que tem a tarefa de cozinhar para os 600 sem-terra. A comida tem sido elogiada. O prato pode ser completado até onde permite a Lei da Gravidade, mas é proibido repetir. Para evitar espertinhos, há senhas. O cardápio básico é arroz, feijão, salada de tomate e alface, macarrão, carne moída e salada de batata. À noite, tomam uma sopa de legumes. Para beber, água. A comissão de higiene cuida da limpeza dos lugares onde os sem-terra pernoitam. A de saúde distribui remédios e faz curativos. A de segurança se preocupa mais com o risco de atropelamentos na caminhada. Eventuais bate-bocas são resolvidos por ela. Discursos, divulgação e contato com a imprensa são responsabilidade da comissão de agitação e propaganda. (LHA) Texto Anterior: Dia na marcha do MST tem 19 horas Próximo Texto: "Casal oferece criança por US$ 8.000 para tortura" Índice |
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