São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997 |
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Clube-empresa de Zico busca títulos e lucro
MÁRIO MAGALHÃES
Esses são alguns dos conceitos pregados e implementados na administração do primeiro clube-empresa do país, o Rio de Janeiro Futebol Clube Ltda. Fundado em 1º de setembro de 1996, ele é uma sociedade entre o ex-jogador Zico (dono de 95% das cotas), e o advogado Antônio Simões da Costa (5%). O maior ídolo da história do Flamengo aponta o que considera o principal contraste entre o Rio de Janeiro e as agremiações do futebol profissional do país: "Os estatutos dos outros clubes começam dizendo que eles não têm fins lucrativos", diz Zico, 43. "Aqui a finalidade é completamente diferente. Temos, sim, finalidade lucrativa." A criação de um clube-empresa é antigo sonho de Zico, fermentado durante sua sobrevida como atleta, nos anos 90, no Kashima Antlers (Japão). Transformado em astro do ascendente futebol japonês, Zico até hoje gerencia o Kashima, equipe cujo objetivo é o lucro, e viaja três vezes por ano para o Japão. O Rio de Janeiro foi viabilizado graças a uma parceria de Zico com o patrão estrangeiro. Durante cinco anos, o clube-empresa asiático investirá US$ 40 mil mensais no congênere carioca. Os japoneses não ganham participação na sociedade, mas podem, nesse período, recrutar qualquer atleta revelado no time brasileiro. "Basta o Kashima e o jogador acertarem o salário, que não receberemos nada", afirma Zico. Habituado a pagar milhões de dólares por revelações surgidas no Brasil, o Kashima aposta que, em 60 meses, terá recuperado o desembolso de US$ 2,4 milhões. Se na vigência da associação um passe for vendido para outro clube -com a condição de que o Kashima não o queira-, o dinheiro será repartido entre o Rio de Janeiro (51%) e os japoneses (49%). Texto Anterior: 'Meia taça' conquistada em 40 está exposta em museu Próximo Texto: Rio de Janeiro Índice |
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