São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997 |
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Meta é chegar à 1ª divisão em 2000
MÁRIO MAGALHÃES
Com folha de pagamento dos jogadores profissionais e das comissões técnicas das quatro equipes (infantil, juvenil, junior e profissional) de R$ 25 mil mensais, o orçamento é de R$ 40 mil por mês. Só do Kashima Antlers, o Rio de Janeiro recebe US$ 40 mil mensais, dando direito ao clube japonês de colocar dois jogadores em cada divisão, para aprimorá-los, mas sem obrigação de serem titulares. O patrocínio do Energil C (vitamina), com valores não divulgados, assegura balanço positivo. O teto salarial do clube é de cerca de R$ 2.000, para integrantes da comissão técnica profissional. O técnico é o ex-jogador Jaime, antigo zagueiro do Flamengo. O maior salário para jogador é de R$ 500. "É um teto alto para terceira divisão, e aqui o mês só tem 30 dias", afirma Zico, descartando atraso de salários. O caminho para o clube-empresa foi pavimentado pelo Centro de Futebol Zico, a escolinha formada pelo ex-jogador no Recreio dos Bandeirantes (zona oeste do Rio). Em dezembro de 1996, havia 930 matriculados, entre homens e mulheres, de 6 a 17 anos, com mensalidades entre R$ 75 e R$ 104. O centro de futebol é outro negócio -só empresta seus campos para treinos e jogos. Por ser legalmente uma empresa, o Rio de Janeiro vai pagar Imposto de Renda sobre lucro. Os outros clubes, quando vendem um passe, não pagam IR. "Há uma grande economia informal no futebol, o que não ocorre no clube-empresa", diz Antônio Simões, vice-presidente e sócio do Rio de Janeiro. Em caso de dívidas, os dois sócios podem perder seus bens particulares, o que não acontece com os dirigentes de outros clubes. Zico estima que no ano 2.000 chegará à primeira divisão. Contra o Flamengo, já sabe que partido tomar. "Sou Rio, claro. Como ser contra mim mesmo?" (MM) Texto Anterior: Rio de Janeiro Próximo Texto: SC aposta em filão do amadorismo Índice |
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