São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Para chineses, umidade faz mal

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Não eram apenas as nossas avós que acreditavam que o vento e a umidade faziam mal para a saúde. A medicina tradicional chinesa defende vários desses conceitos.
Para os chineses, por exemplo, a mulher no período menstrual está mais fragilizada. Assim, a umidade (tomar chuva, molhar a cabeça) poderia atacar mais facilmente o seu organismo e provocar problemas como o reumatismo (dor nas articulações).
Paulo Farber, diretor científico da Associação Médica Brasileira de Acupuntura (Amba), explica que os chineses também acreditavam que o frio da chuva poderia "coagular" o sangue da menstruação no útero e causar fortes cólicas.
Outro ponto crítico para os chineses é a ação do vento sobre o corpo. O ideograma chinês que representa o vento (Fong) pode ser interpretado como "o bichinho que vem com o vento".
A invasão "do bichinho do vento" era relacionada com o aparecimento de gripes e resfriados.
Farber diz que a acupuntura trabalha com dois pontos nas costas (na altura de cada uma das omoplatas) que são conhecidos como Fong Men ("portões do vento"). Para os chineses, o vento poderia entrar e sair por esses pontos.
Hoje, segundo Farber, a manipulação com agulha desses pontos pode causar um grande alívio de sintomas gripais. Será que os chineses, e por tabela nossas avós, não tinham lá alguma razão que a ciência ainda hoje desconhece?
(JB)

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