São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Clínica de 'grife' atrai famosos

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

A maioria dos 16 médicos do CBCO (Centro Brasileiro de Cirurgia de Olhos) tem especialização no exterior. O método adotado na clínica é o norte-americano: cada profissional domina uma subespecialidade da oftalmologia.
O CBCO é uma espécie de clínica de "grife". O uniforme verde-azeitona das atendentes combina com o revestimento do prédio de cinco andares. Nas salas de espera, a revista oferecida é a "Time". Entre os pacientes ilustres cita-se Jorge Amado e o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O diretor Marcos Ávila ressalva que sua equipe faz o que fazem os bons centros de oftalmologia do Sul e Sudeste. "O que nos diferencia é o trabalho em equipe."
Entre os 250 pacientes atendidos por dia pela clínica, metade vem de fora da capital e de outros Estados. O CBCO não atende pelo SUS.
O Instituto ou Hospital Neurológico de Goiânia também é procurado por pacientes da metade norte do país. Com seu telhado de amianto, o hospital investe em equipamentos e profissionais especializados para as complexas cirurgias do cérebro. Um aparelho de ressonância magnética em instalação custará US$ 2,5 milhões. "Com a qualificação do pessoal, ampliamos nossos propósitos", diz o diretor Orlando Arruda.
O instituto é hoje o único do Centro-Oeste, Norte e Nordeste a fazer operações complexas, como a de epilepsia, e cirurgias esterotáxicas -em que o alvo é atingido com apenas um furo no cérebro.
Seus médicos estão iniciando a braquiterapia, uma forma de radioterapia de tumores cerebrais -através de um pequeno orifício, uma "semente" radioativa é implantada no cérebro e retirada meses depois. "Em alguns anos vamos estar operando por radiocirurgias", diz o neurofisiologista Paulo César Ragazzo. Por esse método, os alvos dentro do cérebro serão atingidos por radiações.
(AB)

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