São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Secretária-executiva tem campo estável

DA REPORTAGEM LOCAL

Com um mercado de trabalho considerado estável, a secretária-executiva tem a seu favor a baixa rotatividade na área e a possibilidade de crescimento na empresa.
A opinião é de Stefi Maerker, 49, diretora da consultoria especializada em secretárias Sec (Secretary Search and Training).
"Existe estabilidade na carreira. O executivo confia na profissional e não vai querer abrir mão dela."
A secretária-executiva assessora o executivo na empresa. Costuma atuar na diretoria, vice-presidência e presidência.
Por isso, precisa dominar mais de um idioma e ter formação em secretariado. Segundo Stefi, as grandes empresas valorizam quem tem também diploma em administração, economia ou letras.
"O nível de exigência é alto. Cada vez mais a secretária-executiva precisa dominar várias áreas do conhecimento", diz.
A boa notícia é que, com isso, a profissional tem chance de galgar postos na empresa, até mesmo ocupando cargos de gerência.
Segundo Heloísa Ulhôa Cintra, sócia-diretora da Benatti & Associados, consultoria especializada em secretárias, promoções para nível de gerência estão se tornando mais comuns atualmente.
"Quem deseja se tornar gerente e tem um curso superior que a habilite para isso não tem muitos problemas em chegar lá, pelo menos em grandes empresas", diz.
"Afinal, a secretária-executiva conhece a fundo toda a empresa e tem muita experiência em lidar com os departamentos."
Uma delas é a possibilidade de trabalhar vários anos na mesma empresa, segundo ela. Outra seria o aprimoramento profissional.
"Há organizações que oferecem cursos de aperfeiçoamento e de idiomas, inclusive no exterior. É uma grande oportunidade."
Segundo Elizabete, o que "deixa a desejar" na profissão é o salário. Para ela, a remuneração não acompanhou o crescimento das exigências das empresas.
O salário médio de uma secretária-executiva bilíngue é R$ 2.500. Quem começa na profissão e só fala português ganha em média R$ 1.500, em São Paulo.
Uma secretária de vice-presidência recebe cerca de R$ 3.000. O salário máximo, para quem assessora presidentes de empresas, chega a R$ 5.000.
"Houve uma defasagem. O nível de exigência está muito maior do que no passado e os salários parecem não ter acompanhado essa evolução. Mas esse não é um problema exclusivo das secretárias."

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