São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Falta de estímulo começa cedo

DO "USA TODAY"

A atmosfera nas companhias é apenas parte do problema. Se ouvirmos as mulheres que trabalham com tecnologia, há uma conspiração social que começa muito cedo.
A maior parte das mulheres que chegam ao setor de alta tecnologia diz tê-lo feito mais por acaso do que por qualquer outra coisa.
Todas eram ótimas em matemática, de modo que foram encorajadas a tornar-se professoras de matemática. Praticamente nenhuma sabia coisa alguma sobre engenharia ou computadores nem pensava nesses ramos como carreiras.
Na faculdade, Christine Davis, da Texas, tropeçou em um curso de ciências da computação. Joyce Lenschmidt, da Sybase, disse que seu tio aconselhou, durante um casamento, a ser uma engenheira, porque a profissão era lucrativa. São histórias típicas.
Pouca coisa mudou -e os desvios para longe da tecnologia começam cedo. Kathy Wheeler é uma engenheira importante na Hewlett-Packard.
Ela tem uma filha de oito anos numa escola pública no Silicon Valley. A escola faz pouco para encorajar as meninas a se interessarem pela matemática, diz.
"As histórias que se ouvem são de que os meninos ficam em volta do computador e as meninas, desenhando. É isso o que acontece", conta Wheeler.
O perigo é as garotas chegarem ao segundo grau com dificuldade para recuperar o tempo perdido. Isso, é claro, se continuarem se afastando da matemática.

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