São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Aumento inicial pode ser de 20%

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O cirurgião Telésforo Bacchella, 50, presidente da Comissão de Transplantes de Órgãos do HC (Hospital das Clínicas, em São Paulo), também defende que o mercado de trabalho não se ampliará tanto.
"Se aumentar, vai bater nos 20%", diz o cirurgião, que fez especialização em Pittsburgh, EUA -segundo ele, o maior centro de transplantes do mundo.
A estrutura é ter UTI (Unidade de Terapia Intensiva), banco de sangue e laboratório clínico. "Ou seja, nenhum absurdo."\
O caminho de mais empregos é, segundo ele, mais investimento no setor público. "É mais barato pagar transplante que hemodiálise."
O presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), Elias David-Neto, discorda. "Vai ter efeito. A lei tem itens que organizam o transplante e mexem com a estrutura."
Salário
Se o impasse sobre o surgimento da nova especialidade existe, uma coisa é certa: de início, os salários não serão compensadores.
Médicos que fazem transplante ganham mais do que os outros? "Que nada, ganham muito menos. Isso porque os transplantes pagos por particulares são pouquíssimos", diz Elias David-Neto.
Mas ele prevê mudanças de agora em diante. "O pagamento de transplante terá de ser revisto."
Hoje, o salário do médico varia entre R$ 821 e R$ 3.134 por mês, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha. O cirurgião não ganha nada mais do que um médico comum, dizem especialistas.
(LPz)

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