São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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A classe da madeira

TOMAZ AUTRAN

Volante de madeira mantém tradição e charme dos anos 30
Não há dúvida que um volante de madeira dá um toque de classe a qualquer carro. Feitos em raiz de nogueira ou urze, os volantes de madeira simbolizavam nos anos 30 e 40 a audácia e charme dos carros esportivos.
Até hoje, marcas como Mercedes-Benz, Jaguar, Rolls Royce, Porsche, Alfa-Romeo e Fiat têm volantes de madeira em seus carros. Com o passar do tempo, eles acabaram substituídos primeiramente por similares esmaltados, depois pelo couro e finalmente pelo plástico injetado.
O único empecilho dos volantes de madeira é o preço, excessivamente alto. Geralmente custam o dobro de um em couro ou plástico. Por exemplo, o volante de couro com airbag da Mercedes-Benz, que vem instalado de fábrica, custa R$ 1.373. Um de madeira, também com airbag, sai por R$ 3.755, ou seja, mais de duas vezes o valor do original por serem feitos artesanalmente.
Hoje, há uma tendência de mesclar madeira com couro nos volantes. "Os clientes preferem o visual da madeira, mas com empunhadura em couro, que é mais macio e anatômico", explica Fabrício Colla, diretor de marketing da Momo, empresa que fabrica volantes há 30 anos, inclusive para a Fórmula 1.
William Halberstadt, presidente do Clube do Jaguar no Brasil, tem um volante de madeira em seu XK 120, ano 1950. "Escolhi um volante de madeira por três motivos: esquenta menos do que o esmaltado original, tem um diâmetro menor, oferecendo mais espaço para as pernas e, finalmente, o carro fica com uma aparência mais esportiva."
Em relação à segurança, muita gente acha que os volantes de madeira se partem e criam farpas no caso de um acidente. Ledo engano.
Como todo volante, a madeira (ou o couro ou o plástico) é apenas o revestimento. O interior é feito em chapa de ferro ou alumínio. Além disso, a madeira ganha tratamento especial para não fazer farpas, garantindo a segurança do motorista.

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