São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997 |
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Anúncio na TV paga sai 50 vezes mais barato
ELAINE GUERINI
Enquanto uma inserção no "Jornal Nacional", da Globo, com veiculação nacional de segunda a sexta, custa R$ 98.982,00, o preço do espaço no canal de filmes Telecine (exclusivo da Net/Multicanal) sai por R$ 1,9 mil, no período de 18h30 à 0h. A discrepância se justifica pela diferença em número de telespectadores. Mesmo com uma queda de audiência registrada nos últimos meses, a média do telejornal é de 40 pontos -cada ponto equivale a 80 mil espectadores na Grande São Paulo. Segundo dados do Telecine, o canal conta atualmente com uma base de 1.158.832 assinantes. Mas, como a audiência ainda não é calculada na TV paga, não se sabe quantos aparelhos estariam efetivamente sintonizados no canal em determinado horário. "A vantagem do canal pago é que, com a segmentação do setor, o anunciante faz uma campanha dirigida ao cliente em potencial, e o assinante geralmente vem das classes A e B", diz Luiz Fernando Novaes, 44, diretor de Mídia da DPZ, no Rio. O espaço mais caro do HBO, canal de filmes exclusivo da TVA, ainda é mais barato que a veiculação no programa "Mulheres", às 14h, na CNT/Gazeta. A inserção no programa feminino custa R$ 1.850,00 e o anúncio no HBO, no período das 12h à 0h30, sai por R$ 1.425,00. O preço do comercial na TV paga pode subir de acordo com a programação. Durante um evento esportivo, por exemplo, o SporTV pode cobrar R$ 2.731,00 por inserção. "Se, por um lado, o largo espectro de telespectadores na rede aberta pode causar dispersão, o anunciante precisa da TV convencional para gerar uma movimentação de opinião pública em torno da marca. Mesmo que, nem todos possam comprar determinado produto, eles ajudam a formar o conceito", afirma Paulo César Queiroz, 35, diretor de Mídia da DM9. Texto Anterior: CARTAS Próximo Texto: Emissoras de TV investem em nova safra de desenhos animados Índice |
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