São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Reajuste das montadoras não atinge consumidor

Revendas autorizadas decidem manter tabela antiga de preços

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O consumidor ainda não deve se preocupar com o recente aumento dos preços de tabela dos carros nacionais.
Alegando readequação dos valores à realidade do mercado e aumento dos custos de produção, três das quatro montadoras nacionais -Fiat, GM e Volks- reajustaram suas tabelas.
A Folha apurou junto a concessionárias e lojas do mercado paralelo que o reajuste dado pelas montadoras não deverá chegar ao bolso do consumidor -pelo por enquanto.
O aumento dado pela Fiat foi de 0,95%. Os carros da Volks ficaram até 0,98% mais caros e os preços dos modelos GM subiram de 1,5% a 3,6%. A Ford ainda não alterou.
O reajuste desagradou aos revendedores autorizados, que já estavam trabalhando com descontos.
Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos), disse que a produção automobilística é previsível e que é difícil entender o aumento.
Os revendedores garantem que o consumidor não assimilou e nem assimilará os reajustes. A maioria deles assegura que os preços de mercado não subirão.
"Os preços praticados hoje são os mesmos que os do início do mês", declara Ari Galvão, gerente de vendas da Dutra, concessionária da marca GM.
O diretor da concessionária Nova Geração, Henrique Leibovicius, diz que o reajuste de preços para os carros da Volks foi muito pequeno e, portanto, absorvido pelos descontos dados pela revenda. "Nossa tabela continua a mesma e não devemos alterá-la", afirma.
As duas revendas Fiat consultadas também não repassaram o aumento para o consumidor.
Marco Antônio Rizzo, gerente de vendas da concessionária Mais, em São Paulo, disse que o aumento foi absorvido pelos descontos dados pela concessionária.
Para Renato Saisi, vendedor da Metropolitana, em São Paulo, "nada mudou após o aumento".
Algumas concessionários alertaram que ainda esperam o comportamento do mercado e o fim do estoque atual para decidir se vão alterar a tabela.
"Como temos estoques, ainda não estamos praticando os novos preços", diz Miguel Vaiano, gerente de vendas da autorizada Giovani Veículos, da GM, também em São Paulo.

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