São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997 |
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Simental lidera vendas de gado europeu
DA REPORTAGEM LOCAL A modernização da pecuária de corte no país está derrubando velhos tabus.Até o mais inflexível defensor da pureza dos zebuínos admite hoje que o cruzamento com o gado europeu permite a formação de animais meio-sangue, que fornecem mais carne e podem ser abatidos com menos idade. Raças como a suíça simental, as francesas limousin e charolês, a italiana marchigiana e a escocesa aberdeen-angus ganham espaço nas pastagens brasileiras. A simental, que entrou no país no início do século, via Espírito Santo, lidera as vendas em leilões e o ranking da comercialização de sêmen. No ano passado, segundo números da Associação Brasileira dos Criadores de Simental, em Vitória (ES), foram realizados 58 leilões (média de um pregão a cada semana), com a venda de 2.019 animais. Nos últimos anos, a raça também liderou as vendas de sêmen (398 mil doses em 1995). Para este ano, o capixaba Amarílio Caiado Fraga, da família que trouxe o simental para o Brasil, espera um crescimento ainda maior. "Ninguém vence a demanda por fêmeas para a formação de rebanhos puros. Após o avanço da raça e sua consolidação em Estados como Paraná e São Paulo, é a vez de Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais liderarem os negócios de embriões e fêmeas puras", prevê Fraga. A associação tem cerca de 1.400 sócios ativos. Fraga afirma que um garrote meio-sangue simental com nelore alcança 19 arrobas ao ser abatido aos dois anos e meio. "É essa eficiência que faz o mercado crescer e a cruza se tornar uma necessidade. Aos dois anos e meio, o nelore atinge apenas entre 13 e 14 arrobas", afirma Caiado Fraga. Texto Anterior: Algar tem safra recorde com área menor Próximo Texto: Para criador, cruzamento dá eficiência à pecuária Índice |
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