São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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IBF lucrou R$ 53 mi com debêntures

Lucro de 68% ocorreu em apenas um dia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A IBF Factoring, empresa que está sendo investigada pela CPI dos Precatórios, lucrou R$ 53 milhões em operações com debêntures das empresas estatais Eletrobrás, Cesp e Sabesp.
Essa é a principal revelação feita pela Polícia Federal na reunião reservada da CPI, ocorrida no início da noite de ontem. Segundo a investigação da PF, em um único dia a IBF conseguiu lucrar 68% com debêntures da Cesp.
Em operações com debêntures e títulos, a IBF obteve uma lucratividade de R$ 123 milhões (os títulos renderam R$ 70 milhões).
Suspeita
A CPI dos Precatórios suspeita que essas debêntures tenham tido o mesmo tratamento dos títulos que estão investigados: foram desvalorizados artificialmente pelos emissores para permitir que corretoras tivessem ganhos posteriores.
A PF informou ainda que as corretoras Olímpia, Ativação, Vitória e Split são as que mais aparecem nas operações da IBF.
Ao depor na CPI na semana passada, o dono da IBF, Ibraim Borges Filho, confessou que sua empresa era usada para movimentar os recursos obtidos em operações irregulares.
Ficou decidido ontem que a PF vai realizar perícias grafotécnicas para identificar quem preencheu os cheques assinados pelo empresário. Os senadores da CPI suspeitam que os cheques foram preenchidos por funcionários da Split.

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