São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Campinas investiga rede de prostituição

Esquema envolveria 300 garotas

VANDERLEI FRANÇA
DA FOLHA CAMPINAS

A Polícia Civil está investigando a existência de uma rede de prostituição infantil em Campinas (99 km de SP).
Não estão computados nos números obtidos os adolescentes que se prostituem eventualmente.
A rede, de acordo com investigações preliminares da Delegacia da Infância e da Juventude, teria até mesmo agências que cadastrariam adolescentes. Nessas agências, as adolescentes fazem fotos nuas.
Para conseguir as fotografias, os proprietários prometem chances de atuação como atriz ou modelo.
Depois disso, segundo a delegacia, as fotos são enviadas para outras pessoas que fazem parte da rede. Se elas gostam do corpo da adolescente, ela acaba sendo chamada para trabalhar em casas de prostituição.
Massagem
O delegado Umeo Nakashima afirmou que a maioria dessas adolescentes trabalha em casas de massagens de Campinas.
Os investigadores da Delegacia da Infância e da Juventude já visitaram essas casas para encontrar adolescentes.
"O problema é que não podemos errar. Quando entramos em um lugar, temos que ter certeza de que há adolescentes no local."
Nas casas de massagens ou de prostituição, as adolescentes geralmente são as que ganham mais dinheiro.
Os homens que vão a esses lugares chegam a pagar a mais para fazer um programa com elas.
A prostituta Neuza, que faz programas no Jardim Itatinga, região oeste da cidade, afirmou que as adolescentes chegam a cobrar até o dobro do preço quando o homem tem mais de 40 anos.
Cada programa no local custa até R$ 40,00. A Polícia Civil fechou ontem duas casas de prostituição e deteve quatro adolescentes que se prostituíam no Jardim Itatinga.

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