São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Empresas testam e aprovam sem-teto

22 moradores de rua foram entrevistados

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os 22 moradores de rua entrevistados ontem nas empresas Vega-Sopave, Cavo e CBPO, candidatos às vagas de varredores em São Paulo, foram considerados aptos ao trabalho, segundo as empresas. Não está confirmada a data em que os aprovados começam a trabalhar.
Há divergências entre a Limpurb, a Secretaria de Serviços e Obras e as empreiteiras sobre a data das contratações e início do trabalho (leia texto abaixo).
Na Vega-Sopave, os dez candidatos que compareceram para seleção, ontem de manhã, foram considerados aptos após entrevista e exames médicos.
A Vega não autorizou a entrada da imprensa na empresa. O mesmo ocorreu na Cavo.
Segundo Carlos Fata, gerente de produção da Vega-Sopave, a presença da imprensa "poderia intimidar entrevistadores e empolgar demais os candidatos."
Fata disse não ter percebido diferença entre os candidatos sem-teto e os concorrentes usuais. "Eles são iguais ao restante da minha mão-de-obra. Vieram arrumados e estavam todos empolgados com a chance de trabalhar."
A Surbe-Sé (Superintendência Regional da Secretaria da Família e do Bem-Estar Social da Sé) continuou ontem a atender os sem-teto encaminhados pelos albergues.
Foram atendidas 68 pessoas. Destas, 23 foram encaminhadas para entrevistas nas empreiteiras Vega-Sopave (10), Cavo (10) e Enterpa (3).
Só a Surbe-Sé atendeu candidatos. Outras três superintendências regionais que deveriam ter iniciado o encaminhamento -Mooca, Butantã e Santo Amaro- continuam atrasadas.
A Prefeitura de São Paulo pretende que 600 moradores de rua passem a trabalhar na limpeza da cidade. O salário dos futuros varredores será de R$ 255,20.

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