São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Entenda o esquema Heliópolis

O que já se sabe
. Falsificação de óbitos
Quadrilha oferece facilidade às famílias de pacientes mortos, vendendo atestados falsos e agilizando a liberação do corpo sem a necessidade de autópsia. Documento é assinado por médicos que não trabalham no Heliópolis. É indicada também uma funerária para tratar da parte burocrática
. Favorecimento de funerárias
As agências funerárias favorecidas no esquema pagam uma taxa à quadrilha, que encaminha as famílias. Pelo acordo, as agências cobrariam preços acima do mercado e ficariam também responsáveis pela obtenção da certidão de óbito junto ao cartório em tempo menor que o habitual

O que está sendo investigado
. Tráfico de órgãos e de cadáveres
Suspeita da polícia se baseia em informações de que alguns corpos saíam do hospital em caixões lacrados. Para ter certeza se esse crime foi cometido, será feita exumação das maiorias dos corpos

Implicados no esquema até o momento
. Funcionários do hospital
Recebem dinheiro da família e das funerárias
. Médicos das funerárias
Recebem para assinar os falsos atestados
. Funerárias
São indicadas pela quadrilha às famílias e cobrariam preços acima do mercado
. Famílias
Pagam taxa para agilizar a liberação do corpo

Quem mais está sendo investigado
. Cartório de São Caetano
Local onde foram expedidas as certidões de óbito em tempo recorde
. Pronto-socorro municipal de São Caetano
Hospital que passou a constar nos atestados de óbito como o local da morte

Fonte: Polícia Civil de São Paulo

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