São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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'Alice' faz funcionar a química da marca Mondo Zoomp

DA REDAÇÃO

Duzentas pessoas do lado de fora, querendo entrar. Mais de mil do lado de dentro, querendo ferver. Esse é o Mondo Zoomp.
Assim Renato Kherlakian fez funcionar a química do desfile de sua marca, anteontem às 23h30. Ontem, às 21h30, encheu de novo a passarela, desta vez com o supermercado de estilo da Zapping, o filhote da Zoomp que, a cada ano, dá passos mais largos.
Os dois desfiles aconteceram no MorumbiFashion Brasil, na sala principal do prédio da Fundação Bienal, parque Ibirapuera, zona sul de SP.
Com queijos, salgadinhos, nozes, whisky e vinho, os convidados da Zoomp eram recebidos junto à casinha de Alice no País das Maravilhas, o tema da coleção.
A porta se abre: sai de dentro a Alice em si, a modelo Gisele Budchen, com vestido-camisola lilás, de babadinhos, com casaco.
O público vibra. Daí até o final, com a trilha sonora perfeita, criam-se momentos dramáticos para a roupa simples, contemporânea e nada dramática da marca.
Sem a pretensão da coleção anterior, a Zoomp parece querer arrumar a casa. Sem muito enlevo no quesito criatividade, mas com correção, a Zoomp faz do vestido de alcinha a peça de resistência.
Os looks em preto total do encerramento do desfile oferecem peças intercambiáveis e de proporções acertadas. Outro boa imagem é a camisa de veludo verde militar usada com saia pelo joelho, de frufru na bainha tipo anágua.
Para os homens, merecem menção os ternos de veludo, apresentados de forma mais que apropriada: cada modelo entrava segurando um gato, com um terno de cada cor, junto à "Alice".
Ao final, Miguel Falabella entra de terno vermelho com o seu gato, para delírio do público Zoomp. Um verdadeiro momento fashion.
Zapping
Todo o tipo de roupa; todo o tipo de cabelo, de pessoa, de tendência, de interpretação. De transparência a camisola; tudo cabe na Zapping. Cada um pode ser como quiser. Num bem editado desfile, a marca agradou com um desfile jovem e feliz, em que a atitude é o fio condutor. A base é o streetwear e o clubwear (tipo Hell's Club), com influências de uma vocação underground, mas absolutamente comercial.
Muitos tecidos fluo e um look intencionalmente "sujo", com mistura de referências. Destaques: calças oversized, jaquetas coloridas e os tênis tipo Nose, importado.

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