São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Homens vão a desfile para 'caçar' modelos
MAURICIO STYCER
É um tipo que se identifica à distância: têm entre 20 e 30 anos, são estudantes universitários, profissionais liberais ou empresários, se vestem num estilo "mauricinho", convencional, e frequentam os bares que as modelos gostam de ir. Andam em dupla ou em grupo de três, passam a maior parte do desfile trocando impressões sobre as qualidades físicas das modelos e, ao fim de cada apresentação, tentam abordar as meninas. "Assistimos o desfile de longe. De lá, identificamos o nosso alvo. Depois, vamos à caça mesmo", dizia o empresário Ronaldo Mott, 30, ao lado de um amigo, após o desfile de Reinaldo Lourenço. "Vim só para ver as mulheres. Até agora, não rolou nada. Algumas parecem inacessíveis", reclamava, na mesma noite de segunda-feira, o estudante de direito Felipe Carvalhido, 20. A ação dos caçadores de modelos deixa tenso o especialista em "new faces" (novas caras) da agência Elite, Zeca Abreu, que fica de olho em suas contratadas: "Tenho que ficar tomando conta", diz. Como é um ambiente frequentado em sua grande maioria por mulheres, o desfile de moda também atrai homens que não fazem questão de paquerar exclusivamente as modelos: "Estou aqui por causa de mulher bonita. Tanto faz se é modelo ou não", diz o estudante de marketing Henrique Visconti, 21, metido num terno e gravata. "Tem até mulher mais bonita fora da passarela", acrescenta o companheiro de caça de Henrique, o estudante de engenharia Miguel Haldamus Filho, 21. Texto Anterior: 'Alice' faz funcionar a química da marca Mondo Zoomp Próximo Texto: bastidores Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |