São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Anistia relata abusos contra homossexuais

Documento cita o Brasil

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Anistia Internacional divulgou relatório condenando violações de direitos humanos praticadas contra homossexuais.
"Em países de todo o mundo, homens e mulheres são molestados, sequestrados, aprisionados, torturados e até assassinados por causa de sua identidade sexual", diz a Anistia no documento intitulado "Quebrando o Silêncio".
Segundo o relatório, elaborado em Londres, homossexuais estão sujeitos a processos judiciais em mais de 60 países.
O relatório também cita o Brasil. O documento menciona o assassinato do vereador Renildo dos Santos, morto em 1993 depois de assumir sua bissexualidade.
Santos, vereador em Coqueiro Seco (ex-PRP-AL), foi afastado da Câmara Municipal após admitir sua condição de bissexual em um programa de rádio. Ele foi morto a tiros e teve o corpo desmembrado.
Na Colômbia, esquadrões da morte matam centenas de homossexuais e travestis, chamando sua ação de "limpeza social".
"Para os gays da Colômbia, não há lei. O único programa que o governo tem para pessoas como eu é um programa para nos assassinar", diz Luis Alberto, um garoto de programa colombiano.
No Irã, a homossexualidade é punida com a pena de morte. "Aqueles que são considerados culpados podem ser executados em apedrejamentos públicos", afirma o documento.
O relatório elogia o governo da África do Sul por incluir na nova Constituição do país um artigo que condena a discriminação por orientação sexual.
Dez Estados dos EUA também são elogiados por sua legislação antidiscriminatória.
A Anistia Internacional lista diversos países, como Nigéria, Romênia e Índia, onde o homossexualismo é considerado crime.
A organização também denuncia que ativistas que trabalham na prevenção à Aids têm sido vítimas de abusos.

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