São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997
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Empresa solicita análise para revelar causa de contaminação

Laudos das amostras devem ser divulgados amanhã

DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA

A Indústria de Conservas Gini, que vende os palmitos da marca, solicitou dois laudos técnicos das amostras do lote de palmitos interditado pelo CVS (Centro de Vigilância Sanitária) no Estado de São Paulo a diferentes laboratórios.
O objetivo é identificar as causas da contaminação de um vidro de palmito comprado em Santos (SP) pela toxina botulínica, causadora do botulismo -doença que causa paralisia e pode levar à morte.
Um dos laudos já foi feito em um laboratório particular, especializado em tecnologia ambiental.
Apesar de já ter o resultado em mãos, o advogado da empresa, Olten Ayres de Abreu Júnior, afirmou ontem que ele só será divulgado junto com o laudo do Instituto Adolfo Lutz, que também está sendo feito a pedido da Gini e deve ficar pronto até amanhã. Ele não revelou o nome do laboratório.
Uma outra análise foi solicitada ao Instituto Adolfo Lutz pelo CVS. Esse laudo também deve ficar pronto até amanhã.
A consumidora Melissa Miwahabu Castro, 21, continua internada em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da Santa Casa de Misericórdia de Santos.
O advogado da família de Melissa, Cristiano Alves Teixeira Pinto, disse ontem que ainda não pensa em entrar na Justiça exigindo qualquer tipo de indenização.
O advogado entrou anteontem com um pedido de averiguação de responsabilidade criminal no Ministério Público. "O ministério deve instaurar inquérito para apurar a responsabilidade da empresa na contaminação do palmito".
Em São Bernardo (Grande SP), cinco pessoas de uma mesma família estão internadas com suspeita de botulismo. Os sintomas são compatíveis, mas, segundo os médicos, indicam provavelmente uma infecção gastrointestinal.

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