São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997
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Devastação faz areia sumir

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Coordenador do curso de pós-graduação de Engenharia Sanitária e Ambiental da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Breno Marcondes Silva, 66, sustenta que a areia do Arpoador está desaparecendo por causa da ação humana.
Para ele, os maiores problemas do Arpoador têm a ver com a destruição das dunas costeiras do Leblon e de Ipanema, para se erguer os edifícios à beira-mar, e com a construção de um enrocamento na boca do canal do Jardim de Alá.
Sem as dunas e com o enrocamento do canal -foram construídos braços de pedras e concreto que avançam mar adentro- ficariam prejudicadas a reposição e a circulação das areias das praias do Leblon e do Arpoador, que são levadas pela ação das ondas e das correntes marinhas.
Nessa época do ano, segundo Silva, as correntes mais fortes são as que vão de oeste para leste. Por isso, existiria a tendência de a areia do Arpoador ser levada em direção à praia de Copacabana.
Para o professor, esse movimento poderia ser contrabalançado pela natureza se ainda existissem as dunas e se não tivesse sido construído o enrocamento do canal.
Com a natural ação das ondas e das correntes as dunas serviriam para devolver parte da areia da praia arrancada nas ressacas.
Como solução para o problema, Silva propõe e derrubada do enrocamento e a construção, antes da arrebentação das ondas, de pequenas estruturas de concreto.
(RL)

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