São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997
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Presos 4 suspeitos de tráfico em escola

DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro supostos traficantes foram presos entre a noite de anteontem e a tarde de ontem, acusados de vender drogas nas proximidades de escolas de São Paulo.
Todas as prisões foram feitas por policiais civis do Gape (Grupo de Apoio e Proteção à Escola), do Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos).
Na noite de anteontem, as três prisões aconteceram em escolas estaduais da zona sul de São Paulo.
Dois dos acusados estariam traficando crack para estudantes. O outro detido é acusado de vender maconha.
A única prisão de ontem ocorreu na Vila Maria Alta (zona norte de São Paulo).
Um estudante foi preso em flagrante quando estaria passando pedras de crack para colegas de escola.
O nome dos acusados e as escolas onde eles foram presos não foram divulgados pela polícia até as 19h de ontem.
Criado em novembro do ano passado, o Gape já deteve 14 pessoas acusadas de traficar drogas para estudantes.
Fliperamas
Durante as férias escolares, entre novembro de 96 e janeiro deste ano, os 50 investigadores e cinco delegados do Gape visitaram todas as escolas da Grande São Paulo, colhendo informações sobre a ação de traficantes.
Segundo o delegado Fernando Quibao, coordenador do Gape, estudantes, diretores e professores forneceram informações que levaram à prisão dos acusados.
A maioria deles agia em bares, lanchonetes e fliperamas localizados nas proximidades de escolas públicas, principalmente na periferia de São Paulo.
Medo
Segundo o delegado Quibao, a principal dificuldade enfrentada pelo Gape é o medo que professores e estudantes têm de denunciar supostos traficantes.
"Muitos traficantes são frequentadores ou alunos da escola e conhecidos dos professores, que temem denunciá-los com medo de sofrerem represálias", afirmou Quibao.

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