São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997
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Imóveis públicos vão abrigar sem-teto

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público, a Polícia Militar, representantes da Prefeitura de São Paulo e do governo do Estado decidiram ontem, em reunião, realizar um levantamento dos imóveis públicos vagos na cidade para abrigar cerca de 5.000 moradores de rua.
A medida faz parte da segunda etapa da primeira fase da Operação Centro, iniciada no último dia 18.
"A primeira etapa foi a do policiamento ostensivo; a segunda será de recolhimento e encaminhamento dos moradores de rua. Para isso, queremos contar com a participação de profissionais especializados de organizações não-governamentais", afirmou o promotor da Cidadania, Fernando Capez.
Ele disse que a reunião, que aconteceu na sede da prefeitura, contou com a presença dos coronéis Carlos Alberto de Camargo e Jairo Paes de Lyra, dos secretários municipais Antonio Salim Curiati (Assuntos Comunitários), Adail Vetorazzo (Família e Bem-Estar Social) e representantes da Secretaria Municipal das Administrações Regionais e da Secretaria Estadual da Criança, Família e Bem-Estar Social.
Distribuição
Eles devem voltar a se reunir na próxima terça para analisar a lista dos imóveis disponíveis e iniciar a distribuição dos moradores de rua.
"A operação precisa ser realizada com participação de vários órgãos públicos e entidades da sociedade civil. Não basta uma ação isolada da polícia", afirmou o promotor.
A segunda fase da Operação Centro deve começar nos próximos dez dias.
"Será iniciado o ataque a uma criminalidade mais violenta -distribuída nos pontos de receptação e de distribuição de drogas", afirmou o promotor Fernando Capez.
A segunda etapa deve contar com uma participação mais intensa do Denarc (Departamento Estadual de Investigação sobre Narcóticos) e do Depatri (Departamento de Investigações de Crimes Patrimoniais).

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