São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997
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Dupla não encontra hoje rivais

ARNALDO RIBEIRO
DO ENVIADO A GOIÂNIA

O técnico Zagallo deu a entender em Goiânia que Romário e Ronaldinho não têm concorrentes atualmente na seleção brasileira e, salvo algum imprevisto, devem formar a dupla de ataque na Copa de 98.
Entre os demais atacantes do país, apenas Donizete, do Corinthians, e Jardel, do Porto, permanecem em alta com Zagallo.
Bebeto e Sávio decepcionaram o treinador na Olimpíada. Túlio, Luizão, Viola e Edmundo jogam melhor em seus clubes que na seleção, na concepção de Zagallo.
Paulo Nunes e Oséas, presentes na última convocação, e Renaldo ainda não convenceram o técnico, que não pensa em dar chance aos "estrangeiros" Élber e Ânderson.
Os dois fazem sucesso na Alemanha e na França, respectivamente.
Giovanni, que vinha atuando no ataque, deve mesmo disputar uma vaga na função do "1", com Djalminha e Juninho.
"É, acho que só depende da gente", disse Romário, sobre a possibilidade de a dupla disputar o Mundial da França como titular.
"Não tem nada fechado, mas torço pelo sucesso de Ronaldinho e Romário. Quando antes definirmos a dupla de ataque, melhor", afirmou Zagallo.
As cenas de torcedores agarrando e até agredindo Ronaldinho após o treino da seleção, anteontem, no Serra Dourada, chocaram os dirigentes do Barcelona.
O clube pagou US$ 20 milhões pelo passe do jogador, considerado o "melhor do mundo".
Segundo os jornalistas espanhóis que cobrem a passagem de Ronaldinho na seleção brasileira, o Barcelona irá criar dificuldades para liberar o atacante para os próximos jogos da seleção.
Romário, por sua vez, preocupa os dirigentes do Flamengo, que armaram um esquema especial para levar o atleta até Manaus, onde o clube disputa hoje uma partida contra o Nacional, pela Copa do Brasil.
Emprestado pelo Valencia, da Espanha, até julho, Romário quer que o Flamengo defina até o final de março se vai ou não comprar seu passe.
O clube espanhol, que tenta contratar o meia Denílson, do São Paulo, já manifestou interesse no seu retorno.
"Eu entendo a pressa do Romário, mas nós temos mais alguns meses para buscar alternativas e viabilizar sua permanência na Gávea", disse o presidente do Flamengo, Kleber Leite, que também esteve em Goiânia.
(AR)

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