São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997![]() |
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Teatro Municipal investe nos regentess
JOÃO BATISTA NATALI
Teatro Municipal investe nos regentes O Teatro Municipal de São Paulo e sua orquestra programaram, para 1997, 18 concertos desdobrados em 37 récitas. Mas não é em termos numéricos que a temporada é excepcionalmente ambiciosa. Além dos dois maestros da casa, o titular Isaac Karabtchevsky e seu assistente, Luiz Fernando Malheiro, a OSM (Orquestra Sinfônica Municipal) será dirigida por 11 maestros estrangeiros. Como solistas, fecharam contrato dez pianistas (quatro estrangeiros), dois violinistas, um violoncelista e um trompetista. A Secretaria Municipal da Cultura informa que, entre solistas e maestros, serão gastos R$ 2,2 milhões. Com o investimento, a prefeitura chega pela primeira vez muito perto das melhores séries de concertos paulistanas financiadas pela iniciativa privada: Mozarteum Brasileiro, Cultura Artística e a Hebraica/Banco de Boston. Dupla vantagem Para o público, os espetáculos do Municipal oferecem uma dupla vantagem: preço de ingresso menos elevado que o das entidades privadas e a inexistência, por enquanto, de um sistema de assinaturas, o que permite a obtenção de bons lugares, tão logo os ingressos sejam colocados à venda. O maestro Karabtchevsky diz procurar, com o salto agora consumado, permitir que sua orquestra se veja como um conjunto de solistas e não como mera acompanhante de espetáculos líricos. Mesmo que a OSM mantenha essa vocação. Ela participará este ano da montagem cinco óperas, com oito récitas cada uma, exceto "O Barbeiro de Sevilha", de Rossini, que terá apenas três récitas e será a única montada fora do Teatro Municipal (será no Paulo Eiró). A composição dos elencos de cantores ainda não está fechada. Um sexto espetáculo lírico, "Tosca", de Puccini, será produzido pelos Patronos do Teatro Municipal e, em lugar da OSM, terá a Orquestra Experimental de Repertório, sob a direção do maestro Jamil Maluf. Os Patronos também custearão em abril duas récitas do "Réquiem", de Verdi, com quatro solistas vocais estrangeiros. Regentes O maior investimento, em termos de artistas estrangeiros, está nos regentes. Virão a São Paulo o italiano Aldo Ceccato, os israelenses Moshe Atzmon e Yoel Levi, o espanhol Enrique Garcia Asencio, o polonês Jerzy Semkovk ou o tcheco Martin Turnovski. Além dos brasileiros Nelson Freire, Gilberto Tinetti, Arnaldo Cohen, Marcelo Bratke, Amaral Vieira, José Feghali e Jean Louis Steurmann, estarão se apresentando pianistas estrangeiros como Bella Davidovich, Andrzet Ratusinsky e François-Joël Thiollier. Entre os compositores programados, seis concertos trarão peças de Johannes Brahms, cujo centenário de morte é comemorado este ano. Schubert, de quem se comemora o bicentenário de nascimento, aparece em quatro. Entre os compositores brasileiros haverá Alberto Nepomuceno, Camargo Guarnieri, Francisco Mignone e Villa Lobos. Texto Anterior: USP leva ao ar novo programa sobre a comunidade negra Próximo Texto: 'O Burguês Ridículo' tem mais indicações ao Prêmio Sharp Índice |
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