São Paulo, sexta-feira, 28 de fevereiro de 1997 |
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Promotor sustenta acusação contra Zé Celso
DANIELA ROCHA
Zé Celso e os atores Marcelo Drummond, Pascoal da Conceição, Cibele Forjaz, Denise Assunção, Alleyona Cavali e Celso Sim foram acusados de vilipendiar (desonrar) a eucaristia e ritos religiosos em cena da peça "Mistérios Gozosos", apresentada em Araraquara (282 km de São Paulo) em junho de 1995. Na última audiência, realizada no Fórum de Araraquara em 18 de fevereiro, o juiz José Maurício Garcia Filho rejeitou a denúncia. No mesmo dia, o promotor Nelson Barboza Filho recorreu da decisão do juiz. Suas razões foram apresentadas ontem e encaminhadas para publicação no "Diário Oficial". O advogado da defesa, Fernando Castelo Branco, terá dez dias, a partir da data da publicação no "DO", para apresentar as contra-razões, que serão encaminhadas, junto às razões do promotor do Ministério Público, ao Tribunal de Alçada Criminal. No Tribunal, um procurador de Justiça deve emitir um parecer favorável ou desfavorável à acusação. Se favorável, o Tribunal poderá decidir pelo recebimento da denúncia. Isso significa que o caso volta a Araraquara, onde o processo passa a correr. As razões Em suas razões, Barboza Filho comparou o caso de Zé Celso ao caso do bispo Sérgio Von Helde, processado porque golpeou com o pé uma imagem de uma santa durante programa de TV, e a um videoclipe de Madonna, proibido porque ela simulava uma cena amorosa com o Cristo negro. "A liberdade de expressão, seja em que área for, inclusive na artística, tem seus limites. Se houver abuso na manifestação, e este abuso configurar uma infração penal, como aconteceu aqui, a consequência lógica e de bom senso é a punição dos seus responsáveis", escreveu o promotor. (DR) Texto Anterior: Teatro Municipal aposta nos regentes Próximo Texto: Babyface é o grande vencedor do Grammy Índice |
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