São Paulo, sábado, 1 de março de 1997
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PF rastreia cheques do Dimensão

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal de São Paulo espera saber, após as investigações junto ao Banco Dimensão, qual foi o destino de R$ 123 milhões desviados em operações financeiras da empresa IBF Factoring, investigada pela CPI dos Precatórios.
A IBF, do empresário Ibraim Borges Filho, tem uma conta-corrente na agência daquele banco em São Paulo. Hipólito Gadelha, técnico da CPI, disse que o dinheiro movimentado nesta conta representa cerca de 25% do que foi arrecadado por todo o esquema armado por empresas que operavam irregularmente no mercado financeiro.
Gadelha foi até a sede do banco, no Rio de Janeiro, para localizar os cheques dessa conta-corrente -cerca de 200.
A Polícia Federal espera que os cheques ajudem a identificar empresas fantasmas e os doleiros destinatários do dinheiro reunido em operações irregulares que passou pela conta da IBF.
Versão
O gerente do banco em São Paulo, Paulo Kanner, confirmou à PF a versão de Ibraim Borges de que o empresário, de fato, nunca manteve nenhum contato com o banco Dimensão.
Quem movimentava a conta da IBF e realizava saques era um funcionário da Split, cujo nome não foi revelado à imprensa.
A Split era a empresa que, na versão de Ibraim, utilizava suas contas-correntes para operações que ele desconhecia.

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