São Paulo, sábado, 1 de março de 1997![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Mangueira usa esporte contra criminalidade
RONI LIMA
Fruto do apoio da iniciativa privada, o complexo une a prática esportiva a atendimentos de saúde, educacional e profissionalizante para cerca de 4.000 crianças e adolescentes. "A vila olímpica abre um novo horizonte na perspectiva de vida dessas crianças", afirma o vice-presidente de Esportes e Desenvolvimento Social da instituição, Francisco de Carvalho, 42, o Chiquinho da Mangueira. Com o apoio inicial da Xerox do Brasil e, hoje, com a ajuda de outras empresas e diferentes instâncias governamentais, a vila virou exemplo de atendimento social. "A Vila Olímpica da Mangueira é tudo o que eu queria para o Rio multiplicado por dez. Com dez projetos desse, não teríamos esses altos índices de criminalidade", diz o juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude, Siro Darlan. Após a vila, são raros os casos de jovens infratores da favela registrados pelo juizado, principalmente os ligados ao tráfico. Instalações A Xerox foi a primeira empresa a apostar no futuro da vila. Em 1987, quando o projeto foi inaugurado, as primeiras atividades esportivas eram realizadas debaixo de viadutos e terrenos da vizinhança. Hoje, o complexo tem cerca de 200 funcionários e ocupa um terreno de 11 mil m, doado pela Rede Ferroviária Federal. Em duas áreas esportivas -uma coberta e outra ao ar livre-, com pisos importados, crianças e adolescentes praticam esportes como basquete, futebol e atletismo. Um posto de saúde ao lado atende aos moradores da região. Em salas profissionalizantes, são dadas noções de datilografia, informática, higiene e comportamento social. Após três meses de preparo, esses jovens são encaminhados -a uma média de 400 por ano- para trabalhar como aprendizes em 62 empresas do Rio. Texto Anterior: Metrópoles deixam de atrair Próximo Texto: Xerox mantém mais projetos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |