São Paulo, sábado, 1 de março de 1997 |
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EUA querem Alca com 'maior rapidez'
DENISE CHRISPIM MARIN
"Os EUA querem se movimentar tão rapidamente com a Alca quanto qualquer outro país", disse ontem Peter Allgeier, chefe da delegação norte-americana durante a 2ª Reunião de Vice-Ministros Responsáveis por Comércio do Hemisfério, encerrada anteontem. O Mercosul defende um compasso mais lento nas discussões da Alca, que devem ser concluídas em 2005. Em sua proposta, incluiu dois artifícios para retardar e imprimir prudência às negociações. A delegação norte-americana quer derrubar justamente esses dois pontos. O primeiro é a proposta do Mercosul de deixar por último a negociação do acesso aos mercados (redução de tarifas de importação) a partir de 2003. A discussão sobre mecanismos de proteção comercial seria um pré-requisito, de acordo com a proposta do Mercosul, e seu debate se daria entre 2000 e 2002. "Os EUA vão entrar na negociação sobre acesso aos mercados depois da Reunião de Cúpula das Américas, em março de 1998", afirmou Allgeier. "A posição norte-americana é discutir o acesso aos mercados mais rapidamente que lentamente", completou. O outro ponto é o "fast track", o mecanismo que pode evitar que o Congresso norte-americano tenha poder de alterar termos de acordos negociados com os demais países da Alca. O Mercosul não aceita iniciar as discussões antes de os EUA conseguirem esse instrumento. Barreiras O Brasil e os EUA têm prazo até maio para definir como serão as negociações sobre cerca de 60 barreiras impostas pelos norte-americanos a produtos brasileiros. O prazo está ligado à visita do presidente norte-americano, Bill Clinton, ao Brasil. Foi adotado ontem por negociadores dos dois países durante reunião sobre o comércio bilateral. Allgeier não respondeu se os EUA devem reduzir as barreiras comerciais até março de 1998. Nesse ano, os norte-americanos querem iniciar negociações sobre o acesso aos mercados dos 34 países da Alca. O Mercosul não quer tratar do tema sem antes tocar nas regras sobre as barreiras. "Discutimos as barreiras em relação aos mercados ainda hoje (ontem). Fizemos uma sessão de revisão dos assuntos que devem estar na pauta da reunião dos presidentes", disse Allgeier. Texto Anterior: Bolsas lideram ranking com 10,9% Próximo Texto: Método japonês de gerência é tema de livro difícil Índice |
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