São Paulo, segunda-feira, 3 de março de 1997
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Hitchcock volta com Bernard Herrmann

DA REPORTAGEM LOCAL

O mítico "Um Corpo que Cai" (Vertigo), realizado pelo diretor Alfred Hitchcock em 1958, voltou aos cinemas norte-americanos no final do ano passado, após o trabalho de restauração digital feito por James Kats e Robert Harris.
A opinião do público, ou mesmo dos mais rigorosos críticos do país, foi unânime: pela primeira vez o espectador estava tendo a chance de ver o projeto como o diretor o tinha imaginado. Um verdadeiro delírio de cores, luz e som.
Rodado originalmente em um sistema que tentava reproduzir as imagens em terceira dimensão, o filme -que tem previsão de estréia nacional para o próximo dia 14- conseguiu a fama e aprovação mundial tendo sido visto apenas no formato convencional.
Contando a história de um detetive (James Stewart) que é contratado para investigar o caso de uma mulher que, aparentemente, sofre de uma distúrbio mental -ou está tomada espiritualmente por uma antepassada-, "Um Corpo" tinha como grande atração a trilha escrita pelo compositor Bernard Herrmann.
Com a restauração, feita pela mesma dupla que antes havia realizado o mesmo trabalho em "Lawrence da Arábia", Herrmann é mais uma vez o destaque.
O som ouvido no filme -em sua nova versão- foi digitalmente preparado a partir de master originais encontradas em excelente estado. Mais uma atração são os efeitos cromáticos que, antes, permaneciam imperceptíveis. Assim como as mudanças de tonalidade ou mesmo de enquadramento em determinadas cenas.
Essa reestréia acabou criando uma espécie de "retorno de Hitchcock". Várias produtoras deram início a projetos de refilmagem de clássicos do diretor, como "Janela Indiscreta" ou "Psicose".
A nova versão de "Um Corpo que Cai" será lançada em vídeo nos EUA no próximo dia 25 de março, depois do retorno do filme aos cinemas da Europa.

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