São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997 |
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Apoio de FHC a Serra desagrada tucanos Bernardo Cabral vai presidir CCJ RAQUEL ULHÔA
O senador Jefferson Peres (PSDB-AM), que pleiteou a presidência da CAE para o líder do partido, Sérgio Machado (CE), antes de Serra, criticou a intromissão de FHC no processo de escolha dos presidentes das comissões permanentes do Senado. "Se o presidente impuser um nome para a presidência da CAE estará fazendo jus ao que dele disse o professor José Arthur Giannotti: o surgimento do despotismo esclarecido", afirmou Peres. Disse que vai disputar o cargo. FHC também interferiu para que o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) ocupasse a presidência da CRE (Comissão de Relações Exteriores). O presidente pressionou o líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), para que o partido escolhesse a CRE. Jader preferia ficar com a presidência da CAE. Peres disse que o fato de Serra ser ex-ministro do Planejamento não o credencia mais para o cargo do que ele (Peres). "Se admitirmos isso, estaremos afirmando que há senadores de primeira e de segunda linha. E acho que, pela qualificação moral, sou igual." Na bancada do PSDB, há ainda um terceiro candidato à presidência da CAE, teoricamente com a mesma credencial de Serra: Beni Veras (CE), que foi ministro do Planejamento do governo Itamar Franco (1992-1994). A escolha de Serra para a CAE -assim como a de Sarney para a CRE e a de Bernardo Cabral (PFL-AM) para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)- foi confirmada pelo próprio presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA): "Serra, Cabral e Sarney são bons nomes", afirmou ontem. Texto Anterior: PSDB ganha 33 deputados em 2 anos Próximo Texto: Edital da Vale pode sair ainda nesta semana Índice |
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