São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Greve de ônibus afeta 250 mil em Campinas

DA FOLHA CAMPINAS

Uma greve de motoristas e cobradores de ônibus urbanos em Campinas (99 km de SP) deixou ontem sem transporte coletivo aproximadamente 250 mil das 400 mil pessoas que dependem do sistema na cidade todos os dias, segundo a Secretaria Municipal de Transportes.
Os ônibus voltam a circular normalmente hoje, mas o sindicato não descarta a possibilidade de fazer nova paralisação de 24 horas na próxima semana.
A categoria deve realizar uma assembléia, ainda sem data marcada, para definir os próximos passos da negociação.
Reivindicação
As empresas Visca e Urca foram as mais afetadas. Elas servem principalmente a região oeste de Campinas, nos bairros Ouro Verde e Campo Grande.
Segundo o Sindicato dos Condutores, 3.600 trabalhadores aderiram ao movimento. A categoria em Campinas é formada por 4.100 funcionários em seis empresas.
O sindicato reivindica participação nos lucros das empresas no valor de R$ 200. Ontem, às 13h, haveria uma audiência de conciliação entre patrões e empregados na Procuradoria Regional do Trabalho. Os representantes da Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas) não compareceram à audiência.
Alternativa
A alternativa para vários trabalhadores foi recorrer ao serviço de lotação. O preço cobrado pela maioria dos perueiros foi R$ 2. A tarifa de ônibus é R$ 0,85.
"Trabalho no centro da cidade e vou ter que pegar lotação, pois não posso perder o serviço", disse Ligiane Barbosa Rezende, 18, atendente comercial. Ela pagou R$ 2 para ir do Terminal Ouro Verde até o centro.
A Emdec (Empresa de Desenvolvimento de Campinas), responsável pelo gerenciamento do trânsito na cidade, liberou a ação das lotações para motoristas sem licença.

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