São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Bovespa se recupera e sobe 1,7% no dia

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou ontem com alta de 1,7%, depois de chegar a cair 1,4%.
A queda, nas primeiras horas do pregão, foi provocada por uma razão interna -o temor de que a CPI dos precatórios provoque novas liquidações de instituições.
O pessimismo foi agravado pelo fato de Wall Street estar no seu quarto dia consecutivo de queda, tendência que dominou o mercado de NY no início do pregão.
Mas quando Nova York mudou de rumo, a Bovespa foi junto, ainda que o volume negociado tenha sido fraco (R$ 446 milhões).
Com isso, Telebrás PN subiu no dia 2,5%, sendo negociada a R$ 105,2, o lote de mil ações.
Já o índice Bovespa encerrou o dia a 8.978 pontos.
Desde ontem o índice está sendo cotado pela Bolsa em milhares -e não mais em dezenas de milhares.
Câmbio
O dia foi tranquilo no mercado de dólar, tanto no mercado à vista como no mercado para entrega futura, negociado na BM&F.
No primeiro caso, o BC decidiu inclusive entrar no mercado para segurar as cotações, que caíam abaixo do piso da minibanda.
Já no mercado futuro da BM&F as cotações do dólar fecharam o dia com queda de até 0,04%, no caso dos contratos para entrega no início de abril.
No mercado de juros, a taxa dos CDIs para início de abril projetavam variação de 1,63% em março.
Nova York
A Bolsa de Valores de Nova York fechou ontem com alta nos preços das suas principais ações, depois de três dias consecutivos de baixa.
O índice Dow Jones, que acompanha as ações mais negociadas, encerrou o dia com valorização de 0,6% com relação ao fechamento de sexta-feira.
Mesmo assim as taxas pagas aos investidores nos títulos de 30 anos do governo norte-americano subiram, ficando em 6,84% ao ano, contra 6,81%, na sexta.
A alta nos rendimentos dos papéis de 30 anos ocorreu porque os investidores estão preocupados com uma possível alta dos juros na economia dos EUA.
A idéia é que o banco central norte-americano pode decidir aumentar os juros para evitar um possível repique inflacionário.

Com agências internacionais

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