São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997 |
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BM&F poderá ter uma filial no Uruguai
LUIZ ANTONIO CINTRA
Com isso, essas operações não representariam entrada de recursos externos, não afetando, portanto, as reservas internacionais do Tesouro, avalia o presidente da BM&F, Manoel Félix Cintra Neto. A representação seria uma saída à proibição baixada em agosto de 95 pelo Banco Central, que estava preocupado justamente em conter a entrada de dólares no país. Em 95, o BC proibiu que os investidores estrangeiros continuassem operando com contratos de dólar e de índice Bovespa futuros, negociados na BM&F -as duas modalidades permitidas então. A BM&F espera agora que o BC autorize a abertura da sucursal. Segundo Dorival Rodrigues Alves, superintendente-geral da BM&F, os investidores estrangeiros representavam entre 10% e 15% dos negócios fechados com contratos de índice e de dólar. Caso o padrão se mantenha, é possível que os negócios na BM&F cresçam na mesma proporção, já que os investidores passariam a ter acesso a todos os mercados. Na avaliação de Cintra Neto, os contratos agrícolas -como de soja e trigo- são os que devem despertar o maior interesse dos investidores dos países do Mercosul. Isso porque esses países, especialmente a Argentina, são fortes na produção de commodities. Serviria ainda para que os estrangeiros pudessem realizar operações de "hedge" (proteção), por exemplo, com contratos futuros do Ibovespa -o que certamente deve interessar aos investidores que já podem operar com ações. O Uruguai foi escolhido pela BM&F por contar com um sistema financeiro desenvolvido e por possuir legislação das mais liberais em termos de tratamento ao capital estrangeiro. As autoridades uruguaias já foram consultadas "informalmente" e, diz a BM&F, ficaram interessadas. Texto Anterior: Mulheres já são metade da PEA, mas ganham menos que homens Próximo Texto: Bovespa se recupera e sobe 1,7% no dia Índice |
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