São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997 |
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Livro resgata fase pouco conhecida
DANIELA ROCHA
É ele quem está preparando a biografia definitiva de Cacilda Becker. Para isso, fez mais de cem entrevistas com familiares, atores e diretores de teatro e até com pessoas que conviveram com Cacilda na sua adolescência, quando ela ainda sonhava ser dançarina. "Tenho 40 anos e percebi que a minha geração foi a última a ver Cacilda, ao menos na TV. Quero trazer o mito para agora. Descobrir por que essa mulher é tão importante", disse. Antes de lançar a biografia, no entanto, Prado vai preparar um livro sobre a trajetória de Cacilda Becker no teatro brasileiro, que vai ser lançado junto com o curta-metragem "Cacilda Sempre". A idéia, com esse livro, é atingir um público mais jovem, que não conhece Cacilda. "O teatro é efêmero, e as novas gerações não fazem idéia de quem foi Cacilda." A biografia Já tem dois anos a pesquisa que Prado vem realizando sobre Cacilda Becker. Com lançamento previsto para o final deste ano, a biografia deve ter 600 páginas e dezenas de fotos da atriz. Entre as entrevistas que fez para o livro, Prado destaca a de uma colega de ginásio de Cacilda, dona Amelinha Alonso, hoje com 76 anos. Dona Amelinha descreveu, segundo Prado, que Cacilda parecia Rita Hayworth quando jovem. "Ela disse que Cacilda chamava muito a atenção de todos, principalmente dos meninos. Ela era uma aluna exemplar, sentava sempre na primeira fila, mas ajudava muito os outros. Vivia soprando as respostas durante as provas orais tão frequentes de antigamente", disse. Com 15 ou 16 anos, dona Amelinha conversava com Cacilda sobre as aspirações no futuro. Enquanto ela pretendia se casar com Jaime, Cacilda foi categórica: "Quero platéias e mais platéias". (DR) Texto Anterior: Cacilda volta em filme, mostra e livro Próximo Texto: Curta será lançado no Municipal Índice |
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