São Paulo, quarta-feira, 5 de março de 1997
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Empresas contestam decisão

DA REPORTAGEM LOCAL

A Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), que representa as empresas que oferecem planos de saúde, sustenta que a lei paulista é inconstitucional.
Segundo o Departamento Jurídico da entidade, ela trata de contratos, assunto sobre o qual só a esfera federal pode criar leis, de acordo com a Constituição.
O presidente da Abramge, Arlindo de Almeida, não descartou ontem a possibilidade de entrar na Justiça contra a nova legislação, mas disse que a entidade ainda vai apreciar "politicamente" a conveniência de iniciar uma ação.
"Fomos pegos de surpresa por essa lei. Além de contrariar a Constituição, ela não levou em conta que o Congresso está discutindo o mesmo assunto", afirmou.
Aumento dos preços
A Abramge avalia que, se for posta em prática, a cobertura de todas as doenças vai implicar, necessariamente, aumento de preços para o consumidor.
"O consumidor vai perder mais do que vai ganhar", afirma Almeida. Em sua avaliação, a lei exige cobertura "ilimitada", o que vai gerar aumento de custos, que serão repassados ao associado.
Ele admite que a lei seja uma reação diante de abusos praticados por algumas empresas da área, mas sustenta que o setor como um todo vem se adaptando às exigências da sociedade.
Como exemplo, cita a cobertura da Aids, que hoje seria oferecida pela maioria das empresas.

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