São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997![]() |
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Pai inconformado desenterra filho e leva o corpo para casa Estudante comprou chupeta e iogurte para bebê morto NATALIE ANTAR
A criança, Vinícius, nasceu no último domingo, mas morreu em seguida e foi enterrada na terça. Oliveira esteve no cemitério, chorando, durante toda a quarta-feira. Ele esperou o fechamento do local para desenterrar o bebê. Os 15 km entre o cemitério e sua casa, em Barueri, foram percorridos de trem. O pai levou o filho no colo como se estivesse vivo. Antes de chegar à casa, Oliveira ainda parou em um bar para comprar chupeta e iogurte para o bebê. "Quando chegamos em casa encontramos o bebê na cama. Ficamos desesperados", afirmou o padrasto de Leandro, o pedreiro Paulo Sérgio de Oliveira, 44. "Leandro disse que estava apenas esperando o filho acordar. Falamos pra ele que isso era loucura. Aí ele saiu correndo e não voltou mais pra casa", disse. A família chamou a polícia. O corpo do bebê foi levado ao IML de Osasco, para exames, e deve ser enterrado novamente hoje. "Meu filho era apaixonado pela namorada, Nicelma, mas a família dela não aceitava o namoro. Com a gravidez, ele ficou com esperança de casar com a menina e morar com o filhinho", afirmou a mãe de Oliveira, Esmeralda da Silva, 43. Segundo a Delegacia de Barueri, a família de Nicelma não queria que sua filha tivesse mais contato com o rapaz depois da morte do bebê. Texto Anterior: Polícia identifica piloto de jet ski que matou estudante na Billings Próximo Texto: Exclusão e esquecimento Índice |
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