São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997 |
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Traficantes tentam furtar ônibus no Rio
CRISTINA RIGITANO
No ponto final da linha 669, Pavuna-Leme, da viação Vila Real, o motorista Marco Aurélio Barreto e um cobrador -não identificado- desceram do ônibus para ir ao banheiro. Usando roupas parecidas com uniformes de cobrador e motorista de ônibus, Nonato Luiz Cruz Machado, 25, e Francisco Pereira Rodrigues, 27 -que se identificaram como estudantes-, entraram no coletivo e deram partida. Eles fizeram o trajeto normal, como se fossem para o Leme (zona sul). Durante o percurso, para que ninguém desconfiasse de nada, a dupla chegou a pegar passageiros. Mas Machado e Rodrigues não contavam com uma blitz do 9º BPM (Batalhão de Polícia Militar), na avenida Brasil, altura de Fazenda Botafogo (zona norte). Desconfiados de um passageiro que estava sem camisa, os policiais pararam o ônibus. "Motorista" e "cobrador" foram desmascarados. Eles foram levados para a 40ª DP (Delegacia de Polícia). No depoimento, segundo policiais, eles admitiram o furto e contaram que levariam o ônibus para o morro da Pedreira (Costa Barros, zona norte), de onde transportariam traficantes para uma invasão a uma favela em Santa Cruz (zona oeste). Os homens não estavam armados nem resistiram à prisão. Eles foram indiciados sob acusação de furto e podem pegar até cinco anos de prisão. A empresa teve prejuízo de R$ 3 mil, pois o ônibus teve as laterais amassadas e o espelho retrovisor e pára-brisas quebrados. Minutos após a prisão dos dois, a Polícia Militar prendeu, também em Fazenda Botafogo, quatro homens, que estavam em um Chevette. Um deles estaria armado com um fuzil Hugger. A PM acredita que os quatro estariam dando cobertura a Machado e Rodrigues. Texto Anterior: O que diz o projeto das novas custas judiciais Próximo Texto: Revista na Detenção acha 250 estiletes Índice |
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