São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997![]() |
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Acidente criou cratera de 100 m2
DA REPORTAGEM LOCAL O desabamento de um trecho do túnel Tribunal de Justiça aconteceu na manhã do dia 24 de novembro de 1993.O acidente ocorreu devido ao rompimento da galeria do córrego do Sapateiro, sob a rua Antônio Joaquim de Moura Andrade, próxima à av. Santo Amaro. O acidente abriu uma cratera de 100 metros quadrados e o túnel foi completamente inundado. A avaliação da prefeitura sobre os danos causados à estrutura da obra durou cerca de 15 dias. Nesse tempo, aumentou o número de pontos de infiltração, prejudicando ainda mais a obra. A Emurb só se pronunciou oficialmente sobre o alagamento da obra dez dias após o desabamento. Lago represado Para reduzir a vazão da galeria, a Emurb manteve represado o lago do parque Ibirapuera, que alimentava o córrego. Laudo de técnicos foi encomendado pela prefeitura na semana seguinte ao desabamento. O laudo concluiu que "a galeria não foi dimensionada para esforços de flexão e, portanto, não oferecia resistência a recalques". Recalque é um termo técnico utilizado para descrever a movimentação de terra causada pela escavação das máquinas. O laudo foi assinado pelos engenheiros Epaminondas Melo do Amaral Filho, Mosze Gitelman, Tarciso Barreto Celestino, Paulo Eduardo Taliba e pelo arquiteto Edgard Hermelino Leite Júnior. As conclusões do laudo não chegaram a ser claras. Afirmava-se que o desabamento "foi diretamente causado pelo poço abandonado, não conhecido". No entanto, os engenheiros não esclareceram no documento de que tipo de poço se tratava. À época do acidente, o então secretário de Obras, Reynaldo de Barros, chegou a isentar as empreiteiras de qualquer responsabilidade sobre o acidente. O secretário estimou que o prejuízo causado com o acidente estaria por volta de US$ 3 milhões. Texto Anterior: Empreiteiras deram prejuízo a SP, diz TCM Próximo Texto: Empreiteira espera notificação Índice |
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