São Paulo, sexta-feira, 7 de março de 1997
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Greve provoca fila de 20 Km em Paranaguá

DEISE LEOBET
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A greve dos 2.400 estivadores do porto de Paranaguá provocou na madrugada de ontem uma fila de 20 quilômetros de caminhões que estavam à espera para descarregar seu produtos. A fila continha pelo menos 1.500 veículos, segundo informou a Capitania dos Portos.
Os portuários entraram ontem no segundo dia de greve, com o apoio de 6.600 trabalhadores de sete sindicatos. O prejuízo total com a greve, segundo os operadores portuários, já chega a R$ 4 milhões. Cerca de 56 mil toneladas de produtos deixaram de ser movimentadas. Destas, 49 mil toneladas eram de soja em grão e farelo.
Até as 18h40 de ontem, trabalhadores e representantes das empresas que operam no porto não haviam encerrado uma reunião iniciada por volta de 12h para discutir o fim da greve.
A administração do porto informou que cinco navios continuaram atracados. Outros 35 estavam ao largo, aguardando para o atracamento. Alguns navios se deslocaram ontem até o Porto de São Francisco do Sul (SC).
No começo da tarde representantes do Sindicato dos Estivadores e dos outros sindicatos reuniram-se com os operadores portuários, para tentar chegar a um acordo sobre o reajuste salarial. A reunião estava prevista para terminar por volta das 19h30. Caso as negociações não evoluíssem, os trabalhadores pretendiam continuar a greve até às 12h de amanhã.
Os estivadores querem o pagamento de 21% de reajuste salarial, retroativo a março de 96. Eles alegam que há dois anos não recebem aumento de salário e que a dívida do Sindicato dos Operadores Portuários com a categoria já ultrapassa R$ 4,5 milhões.

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