São Paulo, terça-feira, 11 de março de 1997 |
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Fiat lança projeto educativo no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL Você sabia que bater o carro a 130 km/h equivale a se esborrachar com ele em queda livre a partir do 22º andar de um prédio? Que, já em 1897, o Rio ganhava uma sala de cinema? Que a pupunha é uma palmeira que chega a 20 metros de altura, encontrada na Amazônia?A partir do próximo mês, 1,3 milhão de alunos de três Estados (SP, MG e Rio) e do Distrito Federal terão acesso a essas e outras informações, por meio de um projeto da fábrica de automóveis Fiat. O programa se chama Moto-Perpétuo e foi inspirado em projeto da empresa existente na Itália desde 1993. O material didático que chegará às escolas em breve foi desenvolvido no Brasil e, segundo a Fiat, tem princípios aprovados pelo Ministério da Educação. O projeto pretende despertar o interesse de alunos da 5ª à 8ª séries do primeiro grau e do segundo grau para temas como meio ambiente, transportes e educação para o trânsito. "Ele é interdisciplinar, isto é, apresenta temas que podem ser abordados nas aulas de história, português e geografia, por exemplo", explica Nivaldo Nottoli, diretor-adjunto da Fiat. Recursos didáticos O kit que a empresa vai distribuir às escolas públicas e privadas já inscritas -novas inscrições serão aceitas só para o próximo ano- tem apostilas, fitas de vídeo, pôsteres e programa de computador com jogos interativos. Para o primeiro grau, determinado tema -o desenvolvimento da cidade, por exemplo- é proposto no pôster, que pode ser afixado na classe ou nos corredores. Na apostila ilustrada, os alunos encontram um conto do escritor infanto-juvenil brasileiro Leonardo Chiarca, em que personagens que se repetem ao longo do programa introduzem o assunto. Exercícios e jogos contribuem para aumentar o conhecimento do aluno, fazendo com que tenha que relacionar desenvolvimento urbano e história, por exemplo. Assim, ele pode ser convidado a ligar meio de transporte e época em que era usado ou a ler em voz alta o conto que abre o capítulo. "Cada módulo representa, no mínimo, três horas de atividade e discussão em classe", diz Nottoli. Para os alunos do segundo grau, o Moto-Perpétuo se concentra em questões ligadas à segurança e educação para o trânsito. O programa deste ano relaciona esses conceitos à física. Quando se fala em força centrífuga, por exemplo, analisam-se as forças que atuam em um carro que, por estar veloz demais, não consegue completar uma curva. No final, o aluno fará um trabalho e participará de concurso. No primeiro grau, os trabalhos serão registrados com a máquina fotográfica que faz parte do kit. Texto Anterior: Fortaleza lança campanha de combate a mosquito da dengue Próximo Texto: Como funciona o Moto-Perpétuo Índice |
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