São Paulo, terça-feira, 11 de março de 1997
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Frentistas de SP entram em greve dia 19

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os motoristas de São Paulo e do ABC podem ficar sem combustível a partir do dia 19, caso frentistas e donos de postos não entrem num acordo sobre reajuste salarial.
O início da greve dos frentistas para a 0h do dia 19 foi decidido pela categoria em assembléia realizada no último sábado.
Os frentistas, com data-base em 1º de março, querem 9,37% de reajuste, mais 10% de aumento real e participação nos lucros e resultados. O piso da categoria, segundo o sindicato de São Paulo, é de R$ 351.
Os trabalhadores pedem ainda aumento de R$ 5,10 para R$ 8 no valor do tíquete-refeição e que os postos contratem convênios médicos.
O Sincopetro (sindicato que reúne os donos de postos) oferece 6% de reajuste.
O presidente do Sindicato dos Frentistas de São Paulo, Antônio Porcino Sobrinho, disse que a reivindicação de 10% de participação nos resultados se justifica pelos grandes lucros que os postos tiveram em 96.
"Alguns postos lucraram 35% a mais que no ano anterior", afirma. No ano passado, os frentistas conseguiram 20% de reajuste.
O presidente do Sincopetro, José Alberto Gouveia, disse que, da parte dos postos, as negociações não foram encerradas e que irá procurar o sindicato dos frentistas para tentar um acordo que impeça a greve.
Segundo ele, a decisão de interromper as negociações foi tomada exclusivamente pelos sindicatos dos frentistas.
Caso o acordo não saia, os frentistas se comprometeram a cumprir a lei e manter 30% dos postos funcionando. Só em São Paulo trabalham cerca de 18 mil frentistas.

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