São Paulo, terça-feira, 11 de março de 1997
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Sequestrador acumula demissões

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Liu Shan-chung, 45, guarda um currículo de demissões e problemas nos jornais em que trabalhou. Foi demitido por destruir um computador e, em outra ocasião, por alcoolismo.
"Ele foi afastado no último verão depois que seu alcoolismo provocou um comportamento imprevisível", disse Yao Chih-hai, editor do "The Commons Daily", de Kaohsiung.
Liu também teve uma passagem-relâmpago pelo "Lientung Daily". Trabalhou lá dois meses e foi afastado por "indisciplina".
Num jornal de Hualien, sua cidade natal, Liu destruiu, com um golpe, um computador, o que lhe valeu a demissão, segundo o canal TVBS, de Taiwan.
Antes da carreira jornalística, Liu trabalhou no serviço de contra-inteligência do Exército. Chegou a tenente-coronel e abandonou a vida militar em 1985.
Liu disse que decidiu abandonar Taiwan para "fugir da discriminação". Afirmou que era perseguido por ter nascido na China.
Liu falou também em "perseguição política", repetindo acusação feita com frequência contra o governo de Taiwan até final dos anos 80, quando a ilha era governada por uma ditadura que reprimia a oposição com violência.
A abertura política começou em 1987 e desembocou nas eleições presidenciais diretas do ano passado. O Kuomintang permanece no poder desde 1949, mas agora convive com uma forte oposição e com a liberdade de expressão.
(JS)

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